segunda-feira, maio 23, 2011

cadernos de konstantin gavrílich IV

Lago que adormece o Diabo.
O Diabo és tu, Nina, não és?
Porque não olhas para mim, já não.
Esses olhinhos inchados de chorar, ó Diabo.
Um Diabo que chora, que é uma gaivota.
E este lago que o atrai, que o adormece, que te.
Não há ninguém, é só um ulmeiro que a noite faz escuro.
No escuro, só o brilho dos teus olhos, vermelhos, e o cheiro do enxofre.

K.G. Tréplev

1 comentário: