quinta-feira, janeiro 13, 2011

2. arrancar-te o sorriso

Estás confortável? Estou. É bom quando nos emocionamos. Deitam-te numa cama, atiram contigo para cima duma. Estás confortável? É a menina que da outra vez me encostou à parede, estou deitado no peito dela. Antes da menina, o homem do cabelo e da barba, que me beijou, depois da menina, como eu gosto de doces, Maria! Menos do que da outra vez, mas então ela reconheceu-me, que bom que é, rio muito. Poderá o amor ser outra coisa? Cheese: fotografam-te. Vê-te, ali sozinho entre os pretendentes. Ele quer arrancar-me um esboço, porque lhe dá tesão. É bom quando nos emocionamos, I'm smiling. Agora puxam-me para trás e não consigo fazer nada, ou não quero, quero deixar as coisas como elas estão, como elas fossem, sejam, um sonho.

1. interno

O pano sobe. Escolhe-me para que te siga e contiga beba esta vodca e te conte coisas de dentro, para que depois tenhamos aquela cumplicidade, até que eu dê parte fraca e me abandones. Estou para aqui a vê-los dançar. O pano desce.

terça-feira, janeiro 11, 2011

o jogador

Dêem-lhe tempo para se recompôr. E se tempo é dinheiro, que seja dinheiro o que lhe dêem, que ele o use, o gaste e que, depois disso, possa escutar. Oh, paguem-lhe para ele vos ouvir. Os vectores da atenção estão a confundi-lo, e é este o caso que dinheiro e tempo salvarão, se em justa medida. Sejam-lhe gratos e adquiram um letreiro orgulhoso que possam exibir, um letreiro que vos chame remetentes fiáveis. Tudo o que ele quer é uma roleta onde os desperdice.