segunda-feira, julho 19, 2010

alfredo, o coveiro [parte dois de três]

Gostava de poder dizer que tinha sido por raiva, mas não podia, um, por não ter sido, dois, por Alfredo ser incapaz de falar, tímido era desde que se conhecera, e por relação lógica se entende que a amizade com os defuntos era coisa espiritual, espirituosa se acompanhada por copo, garrafa ou cantil.
Limpou-se à vista de uma senhora que vigiava as flores de seu marido adormecido, essa senhora chocou-se e correu a esconder-se atrás de um cipreste, era velha velha velha.
Alfredo correu desfraldado até ela não tenha medo minha senhora se soubesse o que tenho lá em casa aí sim o que tem lá em casa uma tarântula que horror, fez-se amizade.

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